1 de junho de 2016

Sobre se perder e se reencontrar

Quando eu engravidei eu me perdi, lembro que realmente deixei para trás quem eu costumava ser para entrar em um mode de "Construção constante de quem eu quero ser". Tá, pode parecer meio clichê, mas a pessoa que eu era antes da maternidade tinha outras prioridades, outras vontades, outros desejos, outras visões de mundo, outras opiniões outra vida, até que um dia eu me tornei mãe e me perdi completamente nesse mar de se reinventar e reencontrar constante.
Hoje tudo o que eu penso é para meu pequeno, tudo por ele e para ele. Há uma preocupação que antes não cabia na minha rotina e vida louca. O mundo passa a ser um lugar que você precisa que melhore, mas não por você e sim por esse ser tão especial. Mudei alimentação (Não 100% mas estamos no caminho), penso mais sobre minha saúde e cortei alguns péssimos hábitos, o futuro se tornou algo imensamente importante e que deve ser cuidado com carinho, todos os meus planos envolvem meu filho, minhas amizades até mudaram e instintivamente a gente busca aproximação aos semelhantes, então tenho sempre por perto amigos com filhos e sim, é muito mais legal papear, compartilhar, desabafar e rir com eles. 
E adivinhem: Amo tanto essa pessoa que me tornei!
Descobri em mim um amor que nunca imaginei sentir, uma vontade de ser uma pessoa boa e ter princípios, uma capacidade de suportar muitas dores e angustias, uma muralha que precisa manter-se forte, um desejo de ser um excelente espelho para meus filhos, uma força que cresce em mim a cada dia, uma capacidade de orar como nunca orei, joelhos fortes que se dobram para qualquer causa, um coração enorme que transborda de amor e orgulho e acima de tudo descobri que nada é mais importante que nosso bem maior, nossa família!
Preciso melhorar e muito. Preciso aprender a ser mais paciente, a ser mais calma, menos estressada e impulsiva, aprender a calar e ouvir melhor, a entender e compreender coisas que acontecem ao redor. Preciso aprender a pedir mais perdão e a perdoar e preciso aprender a desacelerar. A minha escola? A melhor de todas, meu filho. Meu eterno companheiro, aquele que acalma meu coração com sua risada deliciosa, que me mostra quando parar com seu olhar que me gela a alma, que me acalanta com seu abraço, que me tira o fôlego com seus carinho, que enche meu coração quando chama "Mãma", que me ama como sou e apesar de tudo, que merece o melhor de mim.



Um beijo grande nosso!

8 comentários:

  1. E é assim que é...
    Não existe mais espaço pro "eu" de antes da maternidade. Que bom!

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  2. Nasce sempre uma nova mulher paramos de nos preocupar com coisas insignificantes e começamos a amadurecer como pessoa, mas parece que eles crescem tão rápido tb, nem dá tempo de curtir.

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    1. Sim, uma pena crescerem rápido demais, mas sorte a nossa querer e poder mudar por uma causa tão nobre né?
      Beijos

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  3. lindas palavras
    Qdo nos tornamos maes tudo muda mesmo...bjo

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  4. Super me identifiquei, é incrível como pensamos em melhorar instintivamente né. E a força que a gente descobre que tem, tudo por eles! Mil bjus!

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    1. Oi Lu,
      Nossa essa mulher que hoje existe em mim, nunca imaginei que pudesse ser eu. Fico boquiaberta.
      Beijos <3

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